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quarta-feira, 11 de março de 2009

GNR QUASE "MATA" BISCATIZ



Como diz o velho ditado, “á dias em que não se pode sair de casa”, depois de várias peripécias, encontros e desencontros que me levaram a passar pela margem sul numa Sexta-feira 13, para falar verdade nem sei bem se sou supersticioso, ou até se acredito em bruxas, mas estou a ficar um pouco como os Espanhóis. “No los veo, pêro eso existen, existen”.

Depois de um dia de serviço em Lisboa, ao ter recebido um encomenda com algum material para utilização na oficina, como a encomenda se fazia acompanhar da respectiva nota não dei grande atenção á data. A noite sem dormir também não fazia correr fluentemente os poucos neurónios que me restam. Vários cenários podiam ter acontecido, sem que o desfecho fosse o que aconteceu, entre eles: não ter passado por aquele local; ter ficado a tomar um café num local qualquer, fazer magia, não sei se ser sexta 13 também conta, mas talvez, e mais importante ainda não me fazer transportar numa carrinha como vulgarmente se designa de comercial, este sim foi um dos grandes problemas. Para simplificar estava há hora errada no sítio errado e ponto final. Como dizia um politico da nossa praça “margem sul jamai”. Convínhamos também que não será o melhor trajecto para se chegar a Santarém vindo de Lisboa.

Conclusão, documentos não estavam em dia, pimba, um auto e respectivos documentos apreendidos, eu nem conseguia raciocinar, os neurónios andavam todos espalhados, e fora do local, por isso da minha parte o silêncio, da parte da autoridade o discursos de frases feita que já estamos habituados, principalmente quem se faz deslocar nesses respectivos veículos. Do meu ponto de vista, é possível muitos adjectivos para classificar a situação, descuido, ingenuidade, falta de traquejo, também um pouco falta de sorte “sexta 13”, talvez, contrastando com o excesso de zelo por parte da autoridade.

Depois do choque, a primeira coisa que me passou pela cabeça, foi, como disse um colega da arte, soldar as portas por fora e nunca mais lá entrar, e claro vender a carrinha, não queria ficar com um objecto “possuído pelo diabo”, e de seguida declarar o óbito do BISCATIZ. Até seria uma situação, a gosto de algumas das pessoas que me rodeiam.

Foi uma semana muito difícil, o meu coração quase não aguentava de ver o BISCATIZ naquela situação, depois de sete dias em “coma”, e depois de pagar a respectiva “bula”, começa a dar os primeiros sinais de vida, não é que tenha recuperado totalmente, mas como se diz o tempo cura tudo, ou quase tudo.

Estas situações custam ainda mais, porque quando temos que passar de um local para o outro, não optamos por passar por um cabo de aço, mas sim construir uma passagem sólida e bem estruturada para que nada nos aconteça, ou pelo menos correr o mínimo de riscos possíveis.

Num dos dias, ainda com o BISCATIZ em coma, resolvi abrir um jornal, e ler o respectivo signo, como referi em cima penso que não sou supersticioso, mas também não sou totalmente descrente, e também sei que aquele signo se refere á minha pessoa e possivelmente a uns milhões de chineses, entre outros milhões de pessoas espalhadas por todo o mundo, mas ditas as palavras certas no sitio certo sabem sempre bem.

Não terá sido as frases que se seguem que fizeram alterar o ponto da situação, ou seja, que fizeram recuperar totalmente o BISCATIZ, mas digamos que foi um bom antibiótico, rumo á cura total.

Como dizia o poeta “enquanto tiver engenho e arte”, força e disponibilidade, vou andando por aí até à próxima contrariedade.

“A vida é feita de altos e baixos. Sem os pontos baixos não conseguiríamos superar-nos e reinventar-nos. Como saberíamos a que sabe a felicidade sem experimentar a tristeza?”

“METRO” as cartas por Vera Xavier

Já que estamos em fase de citações, aqui vai mais uma de um grande mestre;

A Felicidade exige valentia

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo …”

Fernando Pessoa

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